3º Domingo do Tempo Comum

Raio de Sol

Aquilo que distingue um cristão de um não crente é a forma como ele enfrenta os problemas que lhe aparecem no dia a dia. Um cristão tem os mesmos problemas de todos os homens (às vezes até parece que são maiores) mas enfrenta-os de um forma bastante diferente, porque nele há uma força interior que o leva a ultrapassar essas dificuldades.

Os cristãos têm a consciência de que pertencem a um mesmo corpo, que é a Igreja, feita de todos os baptizados que vivem a sua fé; Igreja que tem como cabeça Jesus Cristo, formando assim o corpo místico de Jesus.

Assim o facto de se pertencer ao mesmo corpo leva-nos a interessarmo-nos pelo bem estar daqueles nossos irmãos que nos rodeiam: alegramo-nos quando eles se alegram, entristecemo-nos quando se entristecem como nos diz S. Paulo na primeira carta que escreveu aos Coríntios: Se um membro sofre todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele.

Mas esta alegria não é automática, é necessário partilhar verdadeiramente o Espírito que habita em todos, Espírito de amor que nasce do Amor entre o Pai e o Filho. Na verdade um cristão precisa de praticar a união entre todos os membros da Igreja praticando a união com o Pai, que é o mesmo para todos. Por isso dizemos todos os domingos. “Pai nosso”.

É por isso que o domingo é o dia da festa por excelência de todos os cristãos, porque nesse dia celebramos de um modo especial os mistérios da nossa libertação do pecado e da morte. Então podemos dizer como Neemias e Esdras: “Hoje é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus. Não vos entristeçais nem choreis.” Porque o Espírito Santo está connosco e nos diz que os problemas são passageiros; que a força de Deus e a confiança n’Ele nos dão força para nos libertarmos das cadeias que nos prendem.

É esta a mensagem central do Evangelho deste domingo: “O espírito do senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres.” Jesus diz simplesmente: “Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem das escrituras”.

Esta passagem continua hoje a cumprir-se, porque há muita gente que deixa que o Espírito actue nas suas pessoas e que vão por esse mundo fora anunciar a Boa Nova: aos pobres, aos infelizes, aos doentes, aos pecadores. Para que todos se possam verdadeiramente alegrar. Mas com uma alegria sobrenatural que enche a nossa alma de bem estar, de paz. E não uma alegria meramente externa que facilmente cai em desespero e ódio contra aqueles que nos rodeiam.

É por nós que Jesus age para cumprir a promessa divina. Dá-nos o seu Espírito para que o nosso coração se liberte dos seus egoísmos, para que os outros não se sintam mal no nosso coração, para que levemos aos pobres o apoio da nossa ajuda e da nossa partilha, aos cegos a luz da nossa amizade, para que hoje seja um dia de felicidade para aqueles e aquelas que encontrarmos. É a nossa missão de cristãos: que a Boa Nova tome corpo na nossa vida, para que a Palavra de Deus seja viva hoje!

Que o único Senhor, que deu a todos nós os mesmo Espírito, nos faça mais conscientes de que somos um único corpo, que tem de zelar pela felicidade mútua e verdadeira. Abandonemos as nossas guerrinhas pessoais e façamos festa, pois o Senhor ressuscitou. E com a sua ressurreição deu-nos a vida, que é a melhor razão para a alegria.

One comment

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