Pecadores somos todos

Não me choca que haja padres pedófilos. Sabendo que todas as pessoas são pecadoras, que há pessoas extremamente pecadoras e que os padres são pessoas e não anjos, é espectável que alguns padres sejam extremamente pecadores.

O seu pecado é mais escandaloso porque estão numa posição de poder e de influência, porque as crianças são inocentes e ficam marcadas para toda a vida? E os pais que violam os seus filhos? E os professores que violam os seus alunos? E os políticos que violam crianças acolhidas pelo Estado?

Esta onda começou nos Estados Unidos, o país mais litigantes do mundo no qual os extremos convivem lado a lado. Há julgamentos por tudo e por nada: alguém que deixa cair uma chávena de café em cima de si mesma e processa a loja por lhe ter vendido café demasiado quente?

Casos que se passaram há mais de 50 anos são agora desenterrados para quê? Para extorquir dinheiro à Igreja.

A Igreja católica está, há uma década, a crescer cada vez mais nos Estados Unidos, e não apenas nas comunidades mais pobres: hispânicos e orientais, está já a crescer dentro de comunidades mais abastadas, à imagem dos primeiros tempos da Igreja. O império americano está em decadência, como estava o império romano nos dois primeiros séculos da nossa era. Os cristãos, que não podem respondem à violência com violência, são martirizados, numa tentativa de acabar com eles: tirando-lhe já não a vida (porque afinal somos civilizados) mas tirando-lhes os meios de subsistência.

Não quero com isto dizer que o crime da pedofilia não tem importância, mesmo dentro da Igreja. Tem e muita porque quem atentar contra um inocente é digno de lhe ser atada uma mó ao pescoço e ser lançado ao mar. Mas Jesus derramou o seu sangue, deu a sua vida precisamente por esses, por todos nós, para que não sejamos condenados à morte, mas possamos viver.

Deus perdoa todos os pecados ao pecador arrependido. A Igreja, como discípula de Deus e mãe, não pode fazer outra coisa. Como uma mãe e um pai que amam absolutamente os seus filhos acreditamos sempre na possibilidade da conversão, procuramos criar as condições para essa conversão.

Claro que quando não se sabe perdoar, só se conhece o sabor da vingança. Mas a vingança apenas contribui para o aumento do sofrimento, da dor e da destruição da alma e do homem.

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